As picadas de mosquito são identificadas pelas pápulas, ou seja, aquelas bolas inchadas que surgem logo após a picada. E é verdade que só as fêmeas picam e se alimentam do sangue. Isso acontece porque ela precisa do sangue para produzir seus ovos.
O que pouca gente sabe é que a picada em si não é o motivo do surgimento das pápulas. Isso ocorre porque o nosso corpo reage às proteínas presentes na saliva do mosquito. Para você ter uma ideia, apenas o Aedes aegypti tem mais de 11 proteínas na saliva que podem ocasionar uma alergia.
Ao contrário do que muita gente imagina, a alergia à picada de mosquito se desenvolve após algumas picadas, e não na primeira picada do inseto. O sistema imunológico humano demora algum tempo para desenvolver a reação alérgica, então é comum que nada aconteça após ser picado pela primeira vez, nem mesmo uma bolinha no local, inclusive em pessoas que desenvolverão a alergia.
O sistema imunológico passa a desenvolver a alergia algumas picadas depois. Aí sim começam a aparecer lesões grandes na pele, com bastante coceira e vermelhidão. Pequenas bolhas também podem se formar. Dependendo da lesão, pode levar dias até desaparecerem, e também podem deixar sequelas como manchas brancas ou escuras na pele.
E a alergia a picada de mosquito é muito mais comum em crianças do que adultos, porque, com o tempo, após anos de picadas, a pessoa pode deixar de ter essa alergia espontaneamente, sem nenhum tratamento específico. Mas isso ocorre entre 2 e 20 anos!
O grande indicativo para diferenciar a alergia à picada de mosquito da picada comum é a aparência do local picado. Em pessoas não alérgicas, a picada normal gera uma pápula pequena, menor do que 2 centímetros, com vermelhidão que desaparece em poucos dias.
Já na alergia à picada de mosquito, a bolinha pode chegar a 10 cm e demora muito mais tempo para melhorar. Também é comum que essa bolinha deixe manchas brancas ou escura no local afetado.
O paciente pode fazer um teste alérgico no Rio de Janeiro, entretanto, na maioria dos casos o diagnóstico é clínico, ou seja, o médico dermatologista ou alergista faz uma investigação do histórico apresentado pelo paciente e observa as lesões. Em alguns casos, o alergista pode solicitar um teste alérgico (prick test) ou exame de sangue de IgE específico, porém o resultado não é 100% confiável e mesmo em pacientes alérgicos pode vir negativo.
A alergia a mosquito ocorre, principalmente, em crianças que já foram picadas, mas ainda não tiveram tempo de criar defesas no sistema imunológico, pessoas em ambientes novos, que não estão acostumadas ao tipo de mosquito da região e alérgicos em geral, ou seja, quem já tem rinite, asma ou dermatite atópica.
Existe tratamento para alergia à picada de mosquito no Rio de Janeiro. Para que o alérgico não sofra com os incômodos causados pelas picadas, são três grandes ações para tratar o problema:
Existem medidas e produtos que auxiliam, e muito, para evitar a picada de mosquito. Todos são eficazes para alérgicos moderados, exceto os naturais e ultrassônicos, como você vai ver adiante, mas até os que comprovadamente podem auxiliar, o uso precisa ser feito exatamente como indicado pelo fabricante: respeitando o período de reaplicação, restrições de idade e tamanho do alcance.
Existe uma gama enorme de produtos repelentes para o corpo, seja em formato spray ou creme. Cada um possui uma indicação de uso e uma faixa-etária permitida e, para ter sucesso com esse recurso, é indispensável seguir as orientações do fabricante.
Outra boa opção para evitar os mosquitos são os repelentes elétricos, bastante tradicionais no Brasil. Os repelentes elétricos são dispositivos que, quando conectados à tomada, liberam a substância piretróide. Ele atua no sistema nervoso do mosquito, causando uma intoxicação. Devem ser usados em áreas de até 10 metros para serem eficazes.
O desempenho da maioria dos produtos naturais disponíveis não é satisfatório. Ou são extremamente fracos, ou têm baixa duração. Os mais conhecidos, mas que não funcionam muito bem, são a citronela, óleo de cedro e óleo de citrino. O único óleo que funciona bem é o eucalipto limão sintético, mas que, infelizmente, não é vendido no Brasil.
Geralmente são mais caros do que os repelentes elétricos mas, infelizmente, não funcionam. Já foram realizados diversos estudos que comprovaram.
É fundamental manter o controle do ambiente, evitando água parada em casa, usar telas mosquiteiras nas janelas e repelentes elétricos nos cômodos da casa. Isso é fundamental não só para os alérgicos, mas para a saúde de qualquer indivíduo, já que os mosquitos podem transmitir uma série de doenças, algumas bastante graves.
Para o alérgico, usar camisetas de manga longa e calça sempre que possível também ajuda bastante.
A incidência de mosquitos é maior ao amanhecer e ao entardecer, evite locais expostos nesse período.
Se a picada já aconteceu, agora é hora de tratar as lesões. Evite coçar, pois pode machucar a pele e abrir caminho para a entrada de bactérias. Isso é perigoso, pois pode dar origem à infecção secundária por bactérias, como estafilococos aureus, evoluindo para impetigo ou celulite. Use uma compressa gelada para acalmar a coceira.
Outro modo de aliviar a coceira é usar uma pomada corticóide tópico na lesão. Isso alivia o inchaço também.
Caso já tenha evoluído para impetigo, saindo uma secreção da lesão, o paciente deve usar também uma pomada com antibiótico. No caso da celulite, o antibiótico oral também é indicado.
Usar antialérgicos orais pode ajudar muito no tratamento de picadas de mosquito. Deve-se dar preferência aos mais modernos, de segunda e terceira geração, que não dão sono. A fexofenadina, levocetirizina e bilastina são alguns exemplos. Mas, lembre-se que consultar um médico é fundamental. Nenhum medicamento deve ser administrado sem a devida orientação.
Um grande motivo de desconforto para quem tem alergia a picada de mosquito são as manchas na pele, que podem durar por meses após as picadas. Elas podem ser mais claras ou mais escuras do que o tom natural da pele. Pode acontecer tanto em crianças quanto em adultos.
Na maioria dos casos não é preciso nenhum tratamento específico e as manchas vão sumir com o tempo espontaneamente.
Como citado mais acima, o paciente alérgico passa a não ter mais alergia depois de um longo período sendo picado pelos mosquitos. Porém, o tempo até isso acontecer é extremamente longo, vai de dois anos até duas décadas!!! E, vamos combinar, não é nada agradável ser picado pelos mosquitos e ter de passar por todos os incômodos que isso provoca, certo?
Por isso, um dos tratamentos mais indicados pelo médico alergista no Rio de Janeiro é a vacina para picada de mosquito (ou imunoterapia). A imunoterapia para alergia à picada de mosquito consiste na aplicação de pequenas quantidades da saliva do mosquito em doses progressivamente maiores, o que acelera o processo de dessensibilização. Com isso, o tempo até o paciente criar resistência às picadas passa de 20 anos para 2 a 3 anos, sem a necessidade das picadas tão incômodas.
A vacina para picada de mosquito (imunoterapia) funciona em duas fases:
Fase 1 - Indução (H5)
São aplicadas doses progressivamente maiores da saliva do mosquito, em intervalos pequenos e mais espaçados com o tempo. Pode ser aplicada a cada 7 dias nas primeiras semanas, por exemplo, depois a cada 10 dias, até chegar a cada 30 dias.
Já a dose da saliva do mosquito é aumentada lentamente para não gerar reação alérgica da vacina.
Fase 2 - manutenção (H5)
Na fase de manutenção o paciente já recebe altas doses. O que ocorre é que as doses são mantidas por um período maior, normalmente aplicadas a cada 30 dias, e por até 3 anos, de acordo com a resposta do paciente ao tratamento.
Vimos que a alergia à picada de mosquito é extremamente comum no Brasil devido ao clima tropical, mas, mesmo que seja um problema comum, pode ser motivo de grande preocupação para os alérgicos e pais de crianças alérgicas.
A maioria das pessoas dessensibiliza com o tempo e deixa de ter alergia, ou mesmo consegue um bom controle fazendo o uso correto de repelentes e repelentes elétricos. Porém, pessoas com alergia severa e que não conseguem bons resultados apenas evitando o contato com os mosquitos, podem recorrer ao tratamento de imunoterapia, ou seja, as vacinas para picada de mosquito, como forma de acelerar o processo natural de resistência do corpo.
É importante ressaltar que um médico alergista deve ser consultado para a indicação correta.
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