Tratamento para urticária no Rio de Janeiro

O que é urticária?

A urticária é uma doença de pele em que placas avermelhadas que parecem picadas de mosquitos (empolamentos) aparecem em vários locais do corpo e costumam coçar bastante.

As placas normalmente duram menos de 24 horas e desaparecem sozinhas ou com uso de medicamentos. Não deixam marcas, mas podem aparecer em outro local logo depois. Algumas pessoas apresentam inchaços (angioedema), que surgem geralmente na boca, pálpebras, mãos e pés. Nesse caso, o inchaço demora mais a sumir, podendo durar até 72 horas. A urticária acontece quando uma célula presente na pele, chamada mastócito, libera um mediador químico chamado histamina na superfície.
É muito comum, cerca de 25% da população desenvolverá alguma forma de urticária em algum momento da vida, e apenas 3% desenvolverá a forma crônica. É menos comum na infância.

Urticária e contagiosa?

Não, a urticária não é uma doença contagiosa. As formas e causas da urticária são variadas, por isso é fundamental conhecer detalhadamente a história do paciente para diagnosticar a forma de urticária e com isso iniciar o tratamento específico, que pode ser desde evitar o fator desencadeante até medicamentos por períodos prolongados.

Quais são as formas de urticária?

As formas de urticária são agudas e crônicas, classificadas de acordo com o tempo. A urticária de forma aguda é a que dura menos de seis semanas. Já a urticária crônica aparece na maior parte dos dias e por mais de seis semanas.

Urticária aguda

As causas mais comuns da urticária aguda são:

1. Alimentos: leite de vaca, ovo, trigo, amendoim, castanhas, frutos do mar, etc
2. Medicamentos: principalmente anti-inflamatórios (dipirona, diclofenaco, aas) e antibióticos.
3. Infecções: Virus e bactérias.
4. Picadas de insetos: abelha, marimbondo ou formiga.
5. Urticária de contato: Ao contato com algum creme, produto ou planta a lesão aparece no local.

Urticária crônica

A urticária crônica, com mais de seis semanas de lesões, também tem causas variadas, que são:

1. Urticária crônica espontânea: nesse tipo as lesões aparecem sem nenhuma causa externa. É o tipo mais frequente.
2. Dermografismo: quando a pressão contra a pele leva ao rápido aparecimento da urticária no local, como lanhados. Causa muito comum de urticária, que desaparece por completo em menos de minutos.
3. Urticária ao frio: a urticária também pode aparecer quando em contato com local frio ou ao encostar em algo muito gelado.
4. Urticária solar: um tipo raro, em que as lesões aparecem em áreas do corpo expostas ao sol.
5. Urticária aquagênica: muito rara. Acontece quando aparecem lesões em contato com a água.
6. Urticária colinérgica: esse tipo é muito comum, quando pequenas lesões aparecem ao aumentar a temperatura corporal, como, por exemplo, num banho quente ou ao praticar atividade física intensa.

Urticária mata?

Em casos específicos, sim. Mais comuns na urticária aguda e muito raros na urticária crônica, o risco de morte ocorre com o edema de glote e choque anafilático. Então o paciente que tem alergia a alimentos como amendoim ou frutos do mar, por exemplo, deve tomar todos os cuidados para evitar o consumo e estar com medicação preparada para o caso de uma ingestão acidental. O mesmo vale para aqueles com alergia a medicamentos ou picada de insetos.

Urticária tem cura?

Existe a regressão espontânea com o tempo da urticária crônica. Cerca de 50% dos pacientes tem regressão da doença em seis meses e a grande maioria em até cinco anos. Além disso para aqueles pacientes que tem uma causa para a urticária devemos evitar esse fator.

Tratamento para urticária no Rio de Janeiro

Nos casos de urticária crônica espontânea, quando a doença pode se manter por anos e causar extremo desconforto para o paciente, o principal medicamento são os anti-histamínicos (antialérgicos) mais modernos de segunda geração. Esses remédios são muito seguros, não aumentam o peso e, diferente dos antialérgicos antigos, como hixizine e polaramine, não dão sono. Podem ser usados com segurança até 4 vezes por dia por períodos prolongados de anos se for preciso. Durante uma crise e por curto período, também podemos usar corticoide oral. Para os mais graves e com pouca resposta ao tratamento convencional, utilizamos principalmente o omalizumabe (Xolair), uma droga inicialmente usada para asma grave mas que se mostrou excelente para os casos de urticária crônica refrataria ao tratamento convencional.
O correto diagnóstico da urticária e sua classificação são fundamentais para o tratamento adequado. Devemos evitar dietas radicais em que se tira todos os corantes, condimentos e conservantes dos alimentos no intuito de melhorar as lesões. O resultado dessas dietas é ainda mais complicação e estresse para a vida do paciente. Já vi crianças comendo somente carne de rã e arroz integral e nem por isso as lesões melhoraram.

Com as medicações atuais é possível um controle completo da urticária em quase todos os casos.